O Léo, antigo aluno da disciplina do Serelepe e meu namorido, me mostrou esse vídeo! São os filhos de dois grandes jogadores de futebol do mundo: Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. O vídeo mostra diferentes momentos desses meninos e é claro que se trata de um recorte e não temos como saber qual é a rotina deles, nem como é a realidade de suas famílias. Mas sem juízo de valor, esse vídeo me desencadeou algumas reflexões pessoais e eu gostaria de compartilhar algumas delas com vocês!
O meu pai sempre quis que eu fosse boa em tudo que eu fizesse. Não foram poucas as vezes que cheguei em casa com provas nas quais as notas eram "9" ou "9.5" e ele dizia: "Parabéns, mas podia ser dez!" ou "Muito bem, mas quem tira "9.5" tem capacidade para tirar "10", né?"...
O meu pai sempre quis que eu fosse boa em tudo que eu fizesse. Não foram poucas as vezes que cheguei em casa com provas nas quais as notas eram "9" ou "9.5" e ele dizia: "Parabéns, mas podia ser dez!" ou "Muito bem, mas quem tira "9.5" tem capacidade para tirar "10", né?"...
Hoje, adulta, estou certa que ele dizia isso por confiar no meu potencial e por desejar que eu fosse uma excelente profissional, independente e bem sucedida.
Eu fui uma menina dedicada e não queria decepcionar meu pai. Batalhava pelos meus "10", mesmo que, para isso, fosse preciso ficar bem brava.
Quando meu pai tirou as rodinhas da minha bicicleta, ele segurou no banquinho quantas vezes foi preciso pra eu me firmar e criar a autoconfiança necessária pra andar sozinha e, quando ele soltava o banquinho, eu me esforçava pra não cair. Queria mostrar que eu dava conta e que era capaz de me equilibrar. Pra mim era tão importante ser boa filha, boa neta e boa sobrinha que desconfio não ter sido muito boa em ser criança. Eu nunca caí de bicicleta!
Uma das coisas importantes que tenho aprendido no meu percurso pelo Serelepe e em especial com meu coordenador, Eugênio Tadeu, é que as crianças também ficam preocupadas, angustiadas e são minadas por muitos sentimentos que os adultos pensam ser exclusividade deles. Então temos algo para pensar...
Meu pai era sério, sisudo. Talvez por isso eu gostava tanto de vê-lo sorrindo e gargalhando. Ele se preocupava com meu senso de certeza e responsabilidade e talvez era uma forma de se "assegurar" que eu acertasse, especialmente naquilo que ele falhava ou falhou. Mais ou menos parecido com as mães que queriam ser bailarinas e por não terem sido, obrigam suas meninas a fazer Ballet.
Ser pai e ser mãe é acertar sempre, mesmo quando erram pensando em acertar. Pai e Mãe são crianças que cresceram, são humanos imperfeitos como todos os outros humanos, com ou sem filhos. Muitos pais e muitas mães nem puderam ser crianças direito porque começaram a trabalhar muito cedo.
Muitos pais e muitas mães nem descobriram direito como ser adultos. Nem existe graduação pra essas funções. Nem de adultos, nem de pais...
Não tem receita pra ser pai direito. Tem pai que acha difícil abrir o coração e mãe que "faz carinho", fazendo sopa quando adoecemos. Cozinhar é uma forma de dar aquele abraço que ela, por sua dificuldade com contato físico, não consegue dar... Eu até conheço um pai que diz "eu te amo" dando limão.
Então é isso... Apenas uma divagação desejosa de que os pais sejam bons em ser pais! E as crianças boas em ser crianças! Cada um ao seu modo e como dão conta!
Mas o importante é que possamos reverenciar nossos pais sempre! Não estaríamos aqui se não fosse por eles!
Mas o importante é que possamos reverenciar nossos pais sempre! Não estaríamos aqui se não fosse por eles!
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